Sem castigo!

Crescemos acreditando que ao cometer um erro devemos e seremos punidos pelos pais, pela sociedade e pela vida. Somos educados a esperar pela punição e a temer o “errar” por medo do castigo e não necessariamente das consequências do erro em si.

Punição e recompensa

Dessa forma, quando fazemos algo considerado errado ou ao evitarmos essa ação o fazemos sempre considerando o açoite final. A preocupação em não errar ou mesmo a preocupação após o erro dificilmente é o conserto. Não evitamos errar simplesmente porque temos consciência de que não devemos, mas para evitar a punição que vem depois.

Talvez isso venha de nossa criação. Ao nascermos em lares despreparados para o afeto somos criados com base no sistema de punição e recompensa, ao invés de nos pautarem no de orientação, aceitação, percepção e respeito próprio e externo.

Sem intenção, nossos pais e a sociedade, de maneira ampla, nos ensinam que após um deslize somos dignos de penalidades. Não nos ensinam a corrigir os erros. Afirmam em nossa mente constantemente o quão pequenos somos, o quão indignos somos.

Não se pode ser você mesmo

Não temos o direito de assumir nossa sexualidade, nossas preferências politicas ou sociais,  nossa percepção de mundo. Não podemos questionar o sistema, não devemos nos opor a lei alguma, ainda que ela viole direitos existenciais de outros seres. Não somos ouvidos e não podemos nos expressar. Se fizermos quaisquer destas coisas estaremos errados. Como seres errôneos nos tornamos aptos ao martírio através da punição.

A vida não é assim. Não pode ser. Não estou defendendo a impunidade ou a incongruência dos atos. Estou defendendo nosso direito de errar. Porque é através dos meus, dos seus e dos nossos erros que aprendemos, evoluímos, crescemos. Não através do castigo, da recompensa boa ou pejorativa. Crescemos após a constatação do erro e o conserto dele. É assim que aprendemos algo.

Diga ao universo o que você aceita

Diferente disso, dizemos ao universo que aceitamos que tudo em nossas vidas seja ruim como retorno de algo que fizemos no passado. Algumas pessoas vão além, culpando a si mesmas por algo de supostas encarnações das quais nem mais se recordam. Carregam consigo culpas e erros dignos de punições vidas afora. Chamam a isso de carma e não de escola ou escolha.

Quando eu errar, e sei que vou, porque é o que fazemos antes do acerto, não aceitarei mais o açoite da vida ou a culpa imputada por uma sociedade doente. Não me culparei, não me vitimarei. Não aceitarei a punição do universo. Porque estamos em um planeta escola. Se é escola é para o ensino. Não há aprendizado sem tentativa e erro, tentativa e acerto, erro e conserto. Não deve haver punição. Principalmente porque em sua grande maioria as regras são pautadas em ideais morais que beneficiam e diferenciam indivíduos, não o todo com reais igualdade e justiça.

Sem culpa!

Ao não aceitar isso eu digo ao universo que me mande apenas coisas boas, que me permita corrigir o que eu preciso e me permita viver com plenitude e consciência de cada ação e de seu resultado manifesto. Me livro da culpa e me banho de realidade e poder de escolha, poder de ação, liberdade e amadurecimento.

Experimente observar a vida sem culpa, sem receio, sem julgamento, sem crucificação. Não seja a vítima ou o juiz, não seja o transgressor. Seja um ser de luz em estado de matéria humana na escola Terra, aprendendo a resplandecer, agindo e verificando o resultado de cada ação. Interaja com os resultados em busca de algo melhor e não na espera da expiação ou repressão. Você ira se surpreender com as mudanças que ocorrerão em sua vida e em quão bem irá se sentir.

Evolução é a palavra aqui. Para você e para uma sociedade doente.

 

 

 

Autora: Thais Paolucci